1 de março de 2012

Resenha: A distância das coisas.

Olá, meninas e meninos. Me perdoem por não ter vindo com uma resenha antes, mas que é tempo o que mais almejo no momento. Como a maioria sabe, pelo menos eu acho que sabe, eu jogo vôlei e o tempo fica bem pequeno. Sempre tenho que viajar, e os treinos são bem longos e intensos. E meus cursos também não me dão folga.
Então, alguns dias eu vou ficar desaparecida por aqui. Mas por pouco tempo, e eu sempre vou voltar com novas resenhas e indicações. E, também, trarei novidades sobre lançamentos de livros e  filmes. 

Hoje trago um livro bem pequeno, mas que sua importância é muito grande. Quem me mostrou ele foi uma Professora de Português que tive. E nunca mais o esqueci.
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 Título: A Distância das Coisas

Autor: Flávio Carneiro

Ilustrador: Andres Sandoval

Páginas: 144

Banco a Vapor

Ver no skoob o livro: A distância das coisas



Sinopse: Pedro tem catorze anos, perdeu o pai quando era criança e recebe a notícia de que sua mãe não sobreviveu a um acidente de carro. Só lhe resta morar com o tio, que o proíbe de ir ao enterro da mãe e até mesmo de visitar seu túmulo. Desconfiado, Pedro acredita que estão lhe escondendo alguma coisa e resolve dar uma de detetive.

Em busca da verdade - e com ajuda da amiga Marina -, Pedro revira a intimidade do tio, resgata momentos decisivos que viveu com a mãe e descobre segredos que vão influenciar toda a sua vida. 

 A distância das coisas, com narrativa em primeira pessoa, por Pedro, um garoto sonhador, de catorze anos. Seu mundo desmorona quando recebe a notícia que sua mãe não sobreviveu á um acidente de carro, voltando de Petrópolis. Seu nome "era" Sofia, professora e escrita. Não chegou a publicar seu livro, O Mergulhador, porque não teve tempo.
Já o pai de Pedro, pouco se fala sobre ele. Apenas diz que morreu da mesma forma trágica que a mãe, os dois de acidente de carro, os dois sozinhos, dirigindo os carros deles. Pedro não se lembra dele, apesar de querer muito, mas o ama da mesma forma que amaria se tivesse convivido com o pai.
Quando é impedido pelo tio (irmão de sua mãe) de ir ao enterro e de visitar o túmulo da mãe, Pedro percebe que há uma coisa muito errada.  Em sua cabeça, ele encontrar três fatos e explicações para isso. 
Fato número um: logo depois da morte de sua mãe, quando se encontrou com alguns dos seus parentes distantes, não viu ninguém vestido de preto. E no meio da conversa, deles ás vezes abaixavam a voz ou se viravam de lado, como se quisessem esconder alguma coisa.
Fato número dois: ninguém nunca veio lhe dar os pêsames. Como seu tio havia lhe dito, era assim mesmo, não queriam lhe incomodar, achavam melhor não tocar no assunto.
Fato número três (já mencionado): seu tio nunca lhe deixava visitar o túmulo da mãe, nem lhe dizia qual cemitério ela estava.
Parece que esses fatos não são suficientes, mas a verdade é que a duvida já foi plantada na cabeça de Pedro. Ele simplesmente não consegue esquecer isso, não poderá viver em paz sem descobrir a verdade antes.
Ele não consegue seguir em frente, e isso é compreensível. Não se pode esquecer algo que fora arrancado de você sem explicação, sem um adeus.
Acontecimentos surpreendentes irão mexer a vida de Pedro, e ele pode descobrir coisas que não quer... Segredos que seriam melhor nunca serem desvendados. Tem segredos que não devem deixar de ser segredos...
Devem permanecer ocultos.
 

 Modo de escrita: 
O escritor provoca um forte sentimento de identificação com o protagonista. A escrita é bem formal, com moventos suaves. É natural passar a acompanhar com Pedro  seu drama. É fácil entender suas duvidas, seus sentimentos, e o modo como a história acontece. Chega em um determinado momento, que você acaba se envolvendo tanto com Pedro que acaba sentido as mesmas coisas que ele. Você tenta encontrar as mesmas respostas que ele, por outros meios, outros pensamentos. 
É impossível não se apaixonar pela histórias, pelos personagens. E odiar personagens, naturalmente.
Sobre o autor:
Flávio Carneiro nasceu em Goiânia, em 1962, e mudou-se para o Rio de Janeiro no início dos anos 80. Desde 2003, mora em Teresópolis, região serrana do estado. Escritor, crítico literário, roteirista e professor de literatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), publicou treze livros e escreveu dois roteiros para cinema. Como ficcionista, é autor de um livro de contos, três romances e cinco novelas para crianças e jovens. Participou também de algumas antologias, como Os cem menores contos brasileiros do século (São Paulo: Ateliê, 2004, org.: Marcelino Freire).
Gêneros
Romance, Crônicas, Ensaios, Romance Juvenil, Resenha, Novela-Infanto-Juvenil, Romance Policial, Contos

Local:
Brasil - Goias - Goiânia

http://www.flaviocarneiro.com.br/




4 comentários:

  1. Ainda não li este livro, mas o simples fato de ser escrito por um escritor Brasileiro, já me encanta. Gosto de escritores brasileiros, gosto dos brasileiros, gosto do brasil, afinal, sou brasileira, nasci aqui, aqui é meu lugar, aqui é onde estão as pessoas que mais amo.
    A sinopse do livro é maravilhosa, cheia de emoções e mistério, estou louca para saber onde anda a mãnhe dele, não acredito que ela tenha morrido realmente, talves o tio saiba mais do que diz. Já não gostei dele, sei lá, por nenhum motivo especial, apenas não gostei.

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  2. Li este livro quando eu estava na quarta série, e nunca mais esqueci. Só que tinha um único porém: eu nunca consegui descobrir o nome dele. Sim, isso é verdade, eu me lembrava da história, detalhadamente, mas não conseguia me lembrar do nome do livro, para comprar, já que foi a minha professora que leu na sala de aula. Eu não voltei a encontrá-la, então não pude perguntar o nome do livro. Sinceramente, já nem me lembrava que o procurava, mas lendo a sinopse e vendo a capa, eu simplesmente me lembrei de tudo. Isso é uma coisa que me deixa muito feliz, agora posso ler o livro, com meus próprios olhos e relembrar a fascinante história.
    Obrigada por trazer esta resenha, não sabe o quanto me deixou feliz. De verdade, estou muito grata, você me deixou muito feliz ao saber o nome do livro, agora nada pode me impedir de lê-lo novamente. Quero dizer, eu sei a história, cada detalhe, mas não foram meus olhos que leram cada linha, foi minha professoa.
    Parabéns! Amei a Resenha!
    Irei comprar o livro

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    1. Me passa seu fb e me ajuda, fazendo um trabalho sobre o livro mas nn consegui terminar de ler

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  3. Amei a Resenha, muito bem trabalhada viu, Parabéns. Você arraza, simplesmente.

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